REFUNDAR AS INSTITUIÇÕES E O ESTADO DE DIREITO
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- Escrito por jo.ustra
- Categoria: Política interna
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General Marco Antonio Felicio da Silva (em 12/6/2016)
Levado à Presidência da República (PR), Michel Temer, sem o devido apoio popular, usando de pragmatismo para manter-se no poder, formou Ministério inexpressivo. Vem cedendo a pressões, privilegiando interesses de grupos e individuais. Evitando reformas estruturais necessárias, indeciso, não consegue captar o apoio popular para união em torno de um projeto de Nação. Os poderes constitucionais, com alguns pontos fora da curva, como Sergio Moro e equipe, estão desmoralizados e atuando não harmônicamente. A Câmara e o Senado têm vários integrantes acusados por corrupção, alguns já presos, e dirigentes com prisões pedidas pelo Ministério Público. O STF, devido a ligações passadas e atuais com o PT, de alguns dos seus ministros, é olhado com desconfiança. A Presidente, ilegítima, afastada, contribuiu para o descalabro econômico, social, político e ético que faliu o País. Difunde o impeachment como golpe, denegrindo a imagem do País. Delações indicam que sabia do que ocorria. Temos Estado de Direito vilipendiado. A Constituição mostra-se inadequada ao presidencialismo de coalizão.
Será que a maioria da população, revoltada com o que sofre e assiste, gostaria da continuidade desta situação, baseada cinicamente em falso idealismo político que diz preservar jovem democracia e defender uma Constituição que privilegia direitos e não deveres, com o mesmo tipo de “moscas” que dela se utilizam criminosamente? Apenas reformas conjunturais, imediatistas e inócuas, não será caminho tortuoso e paulatino para uma convulsão social?
Trechos das últimas delações indicam a esbórnia em que vivemos. Precisamos de reformas estruturais em todas as áreas, tendo em vista, também, impulsionar uma mudança de mentalidade da população. Há que ter decisão e vontade políticas para fazê-las, doa a quem doer.
Autoritarismo, paternalismo, patrimonialismo e cartorialismo permeiam as elites dominantes. Estas, jamais diferenciaram a coisa pública da privada. Fisiologismo e clientelismo, são praticados com desenvoltura pela classe política.
Um refundar do País. Essa é a realidade política com que nos defrontamos. Somente as FFAA, que participaram e contribuíram para as maiores inflexões da nossa História, responsáveis pelo início da formação da nossa nacionalidade em Guararapes, pela nossa integração como Nação, pela consolidação da nossa grandeza territorial, pela manutenção da paz e da liberdade da Nação em momentos críticos, sempre respondendo às aspirações do povo brasileiro, seriam capazes de, após a necessária e urgente saída de Dilma, pois a Nação não suporta mais sangrar, saindo de sua posição de simples observação, de empossar uma junta civil de notáveis para que, afastados todos os atuais políticos, uma Assembléia Constituinte, devidamente convocada, elaboraria nova Constituição, privilegiando as reformas necessárias, seguida, tão logo pronta e aprovada, de eleições gerais, sob novos parâmetros, possibilitando o surgimento de um novo Brasil.
( Resumo publicado no O TEMPO de BH e no Inconfidência